Exausta
Sinto-me
mergulhar
bem no fundo
desta tralha
que é a vida.
Tento erguer-me
subir as paredes
laterais,
mas escorrego,
volto a cair
exausta
já nada
me interessa
prefiro o fim
o fim de tudo
o fim da vida
nem sei
como aqui
vim cair
sinto que
algo
me atravessa
o coração
deixando-o
em farrapos
desconcertados
pedaços
rasgados
deitados
ao chão
não me chamem
deixem-me ficar
se por acaso
adormecer
não me espreitem
nem me venham ver
deixem-me apenas.