DESALENTO

Estrada reta, peregrina

Escalda o corpo, a mente

O abrasante sol

Do meio dia

Busco meu porto.

Meu porto de partida, solo

Presença ausente, o corpo

Fosforescente olhar

Da minha alma

Perco a noção.

Minha noção de ser, viver

Acalentada espera, vã

O pensamento escorre

Em minha mão

Sinto o vazio.

Meu vazio de sonhos, constante

Maltrata a alma, ferida

O solitário pranto

Encharca o coração

Me desintegro.

Giustina
Enviado por Giustina em 17/03/2010
Reeditado em 02/08/2015
Código do texto: T2144237
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