DESALENTO
Estrada reta, peregrina
Escalda o corpo, a mente
O abrasante sol
Do meio dia
Busco meu porto.
Meu porto de partida, solo
Presença ausente, o corpo
Fosforescente olhar
Da minha alma
Perco a noção.
Minha noção de ser, viver
Acalentada espera, vã
O pensamento escorre
Em minha mão
Sinto o vazio.
Meu vazio de sonhos, constante
Maltrata a alma, ferida
O solitário pranto
Encharca o coração
Me desintegro.