Após
Rio de Janeiro, 11 de março de 2010
Você e a idéia perdida
Do amor em redenção
Mas identifica as falhas
Ranhuras escritas nas lembranças
A cegueira do amor a ocultar
Terrores
Lembra-se das tentativas vãs
Dos beijos carinhosos mal recebidos
No acorde das manhãs
Após o dizer amor enaltecido e vivido
Lembra-se dos raios fins da Lua
Após noite louca madrugada sua
E o rosto virado ante desesperada
Iniciativa nua de amor
A despedir-se de ti, com quase horror
E as palavras lindas, cheirando a sinceras
Revestirem-se de estupor
Após fria declaração de suposto amor
Como continuar
Mulher inteira a te amar
Se o ato chorado
Degustado e profundo
Só dura um reles segundo
E, mareado, despede-se de ti
Como arrancado
Do fim deste mundo