"FINAL CALL"
Divido seu amor
com suas memórias.
É meu éter!
Sobrevivo nesse pesar...
Que vida sórdida!
Repleta de interjeições
de pesar,
De palavras mal digeridas,
De silêncios dolorosos
como feridas arrastadas na areia.
Amor de dor!
Construo esses versos
no rés do chão.
Talvez
não haja mais retorno
à luz.
De qual dor te falo?
Talvez
dessa que me desperta
o espírito
como um badalo.
Sofro
as pancadas da desilusão
que perseguem
meu desenlace.
Preferia o ocre
da morte
a essa existência
desiludida.
Sinto a sua dor de abate.
Só queria me despedir,
se nada mais me restasse...
E esse olhar de dois
irmãos na dor jamais vamos perder!