renúncia
Mais um dia se vai,
A alma padece e suplica a morte,
O corpo dói e pede o descanso.
Em algum lugar, alguém
me olha indiferente.
Procuro graça...
Ouço o riso da desgraça
fazendo graça, zombando de mim.
Olho o mar e não o vejo,
há sangue em meus olhos.
Olho o céu, sempre manchado pela escuridão
da minha tempestade interior.
Será a paz azul?
Procuro uma flor pra desabrochar.
Um amor pra me salvar.
Mas me justifico na dor, pra me levar.
Não vivo! Revivo as desilusões.
Regrido! Regresso ao ventre de minha mãe.
Não quero sair.
Reflito! O que estou fazendo aqui... se é na
escuridão do descanso,
no manto da terra,
nos braços dos santos,
que verei o azul,
acharei a flor e,
viverei o amor.
Meu corpo dói...
Apague a luz.