Pó
Não há eco em minha voz...
Ressinto-me de um vazio imenso!
Até meu grito - grita o silêncio,
e minha dor se esvai...
Sou pó que do nada vem
e ao nada vai!
Fui contemplação, amor, saudade...
Para tudo foi demasiado tarde!
Ardes sem nexo em meu contexto,
plexo perplexo e avesso.
A tristeza que sobre mim recai,
reduz-me à sombra de alguém.
Sinto-me só!
E nada me convém...
Sou pó que ao nada vai
e do nada vem!