POBRE POETA
Foram inúteis
tuas escritas,
falas mal ditas
por bocas fúteis.
Não te bastou
a riqueza d'alma,
até tua calma
te abandonou.
Tão fraco alimento
de falas e letras,
sugado das tetas
do triste alento.
Pobre poeta,
poeta pobre,
tua alma outrora
corria inquieta;
calada, quieta,
é triste agora.