POBRE POETA

Foram inúteis

tuas escritas,

falas mal ditas

por bocas fúteis.

Não te bastou

a riqueza d'alma,

até tua calma

te abandonou.

Tão fraco alimento

de falas e letras,

sugado das tetas

do triste alento.

Pobre poeta,

poeta pobre,

tua alma outrora

corria inquieta;

calada, quieta,

é triste agora.

Riva
Enviado por Riva em 08/08/2006
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