Pétala de Carvão

Pétala de carvão

Lá vem uma que esvoaça

Varre poeiras e falece

Nem com sentido esquece

Logo outra junto a ela

Passa

Que um raio lhe partisse

Era vista consolada

Nem que um golpe se visse

Era uma grande chatice

Estava imaculada

Vigilante da noite

Retrato de ocasião

Foste tu quem colheu

Esta pétala de carvão?

Que se pinta e se mata

Não atrai o curioso

Perfume é escasso

Colorindo este espaço

Em tom negro

Assombroso

Vai que te renego

Má fama me atrais tu

Filha do mal

A que chamo Belzebu

Foste companheira

Quando o vento te soprou

Varreste poeira

E nada restou

Foi asneira?

Ao pé de mim quem te encontrou?

Lacrima D’Oro

Lacrima Doro
Enviado por Lacrima Doro em 02/03/2010
Código do texto: T2115309
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