Tragédia Fatal
Atirei-me ao mar
num sofrimento sem fim
depois de um estopim
Nadei até a exaustão
até céu e mar se confundirem
até o horizonte monocromático
e quando as sensações se despedirem
ouvirei o silencioso mar sarcástico
A luz vai ficando turva
a vida espalhada
meu corpo n'agua faz curva
gruda a roupa molhada
A gravidade que age
a inércia que ata
a matéria que interage
a pressão que sepulta
tudo enegrece,vira lembrança
corpo mole, sem fôlego e sem esperança
acontece, sem flor nem lágrima
uma despedida sem poesia, sem rima