FILHOS PASSAGEIROS

Faustos e penélopes,

Urinam nos postes,

E mostram as nádegas.

Eles se engolem...,

Órgãos que lacrimejam vidas,

Nas transas das corcundas da noite.

Geram sem amor,

Os frutos de um ódio.

Nasce um ser atroz...

Está enrolado em um pano,

O néctar de um sexo insano.

Tragam o menino nos braços e

Digam para mim que: Ele sou eu!

O começo do abandono depois do prazer...

O caminhar para o abismo depois do céu...

Caiu uma lágrima de mãe no meu coração,

Num rebento que some no perdão em vão...

Sorri e chorei várias vezes...

Mata-me, por favor!

Mata-me...,

Fome do avesso!

Setedados
Enviado por Setedados em 26/02/2010
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2109645
Classificação de conteúdo: seguro