Nas terras do sul que migração aceitou
Povo sofrido mostrou, irmanando a toda gente
Ainda se dolente lutando com a sorte amou,
O nordestino chorou saudade dos seus entes.
Se lá a chuva que escassa e as nuvens não vê,
Ou as nuvens que passam sem chuvas deixar
Pra São Paulo descendo pensa no melhor fazer
Vai enxergando como é triste ver entes afogar.
Se escolhido por nordestinos a sanar suas dores
Das enchentes que arrasaram locais da capital
Sentir os dissabores, da vinda um pecado mortal
Horrores que a mente acusa sem ter ofensores.
Ao monetário preferido visa à situação melhora,
O nordeste sem brisas e do ganho que é pouco,
Livrar do sol sentido se tosca a enchente o devora
Se esquecido permanece tendo amor de caboclo.
É assim que a patativa do nordeste segue e voa,
Agreste a que domina e o sertanejo povoa,
Se por rainha a coroa, mas de espinhos resta;
Ao sul caboclo ser prestes se vil amontoa.
Barrinha, 24 de fevereiro de 2010
antonioisraelbruno@gmail.com