A TRISTEZA E EU

De Onde me vem tanta tristeza? Eis a pergunta que me persegue há muito tempo;

A minha infância foi relento e a maturidade pelo que lembro me congela;

Um breve vento às vezes me zela, mas logo me renega perante o desalento;

E quando me vejo por dentro, sinto que um mundo cinzento me leva!

E ele me leva nos braços de uma solidão que não tem piedade;

Na instabilidade que desequilibra meu ego;

Às vezes tento ser cego, querendo negar a verdade;

Brincando de sonho com a realidade, andando sem chão e morando sem teto!

Saudades dos dias e noites em que eu facilmente me iludia;

Pois costumeiramente fugia e nem sempre voltava ao mundo real;

Julgava que era normal correr pro quintal, que do mundo me protegia;

Não pensava que um dia cresceria e maior igualmente se tornaria esse mal!

Hoje constato tudo que ouvi na canção: que uns nascem pra sofrer e outros pra sorrir;

Que o amor uns não quer para si e o encanto a poucos e seletos visita;

Um palhaço equilibrista, num circo sem show para lhe aplaudir;

Assim eu sempre me vi e duvido que um dia de mim a tristeza desista!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 22/02/2010
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