VIDA

VIDA

Tão mal fadado...

Eis que não mais te encanto.

Tão cansado...

Eis que tudo levaste num canto.

Restam um sopro e um corpo...

Forma vil! Lânguida e esquálida!

Acaso não percebeste, vida?!

Acaso não viste, vida?!

Agora sou um corpo velho e desprovido...!

Toma! Leva o ar que me afaga!

A trilha que me resta, o ego que me é vital!

Porém vida, não me deixes partir, sem antes me despedir!

Ó vida! Vida minha... Por que me enrugaste a face, a face,

ah! Face...!

Toma este corpo que me queima!

Que arde!

Que me escarnece e...

Desce...

Inerte...

E morre... E morre.

Leandro Dumont

00/02/2002

Leandro Dumont
Enviado por Leandro Dumont em 22/02/2010
Código do texto: T2100757
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