Pelos olhos maviosos. Carmesim
não há mais nada
nem mais mistério há
nem mais o próprio nada há
apenas faço o que tem a fazer
e pronto e feito
a esperança já ocorreu-me
e nela também
uma esperança que por algum motivo
um motivo qualquer
que algo de bom existisse em mim
qualquer que fosse a dimenssão desse bom
existiria em algum lugar
em mim
por ela que acreditou em mim algo... desconhecido
ou até creditou
na verdade, pelos olhos dela
como que flash de hesitação
pelos olhos dela, meu corpo congelou; minha mente reprimiu-se; e meu /espirito conturbou-se
por instante nada pude fazer, além de
por instante, hesitar em mim
pelos olhos dela, fui apresentado ao horror
pelos olhos maviosos dela, eu fui apresentado ao horror
e ao amor
não sou monstro, eu apenas assassino
pois até monstros têm emoções
as que tive um dia, foram-se
no último cálido beijo em um gélido lábio