DEVASTAÇÃO

‘A mata fechada.

Vã oferenda de vida

Ao homem cruel.’

Que a ela se assanha

Como animal feroz

Vilipendia suas entranhas

Rasga sua seiva

Machado e motosserra

Sangram a terra

Não satisfeito

Enfia o punhal no peito

E queima sem piedade

Argumenta que é pra plantar

Ou pastagens criar

Mas a natureza tudo espreita

E logo virá se vingar

Trazendo junto à seca

E a morte onde a vida pulsava

Até quando o homem

Se auto-destruirá?

Qual o preço a pagar...

O que restará pra viver

Dizimadas as espécies

Da rica biodiversidade.

Rios de lágrimas...

Não nos salvarão

Quando tudo virar deserto

Só um mar de tristezas a navegar...

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 12/02/2010
Reeditado em 12/02/2010
Código do texto: T2083383