CURVA DE RIO

Murchou a rosa vermelha tão bela.

Eu a colocava no parapeito da janela.

Para que o orvalho da noite a renovasse.

E ele a renovava.

Era tão bom tudo que você me dava...

O amor, o carinho, as rosas...

As brancas, as amarelas, as rosas vermelhas...

Era paixão.

Era afeto.

Eu preparava seu prato predileto.

E seguíamos a vida assim.

Eu pensava que o rio da vida seguia.

Que viveria sempre e sempre em sua companhia.

Mas houve um desvio.

Nos perdemos numa curva de rio.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 12/02/2010
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2083087
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