CURVA DE RIO
Murchou a rosa vermelha tão bela.
Eu a colocava no parapeito da janela.
Para que o orvalho da noite a renovasse.
E ele a renovava.
Era tão bom tudo que você me dava...
O amor, o carinho, as rosas...
As brancas, as amarelas, as rosas vermelhas...
Era paixão.
Era afeto.
Eu preparava seu prato predileto.
E seguíamos a vida assim.
Eu pensava que o rio da vida seguia.
Que viveria sempre e sempre em sua companhia.
Mas houve um desvio.
Nos perdemos numa curva de rio.