Desconstruindo-me

Sei que não sou eu
E que está além de mim
Nunca fui assim
E não será agora que deverei ficar

Sou um trapo de mim mesmo
Despistando a estrada longa e infinda
Andando em passos loucos
Esbaforido pelo suor e cansaço

Uma mera sombra do que fui
Trilhando estas vias poeirentas e sem brilho
Um caminhar árduo e inseguro
Um navio à revelia do vento

E sei que falta somente um passo
Entre a sanidade e a loucura
Escolho a primeira se me for permitido
Da segunda quero distância segura