DELETÉRIO EDUCAR...
Cérberos sem cérebro
Porteiros dos ínfimos
De meu paraíso celebro
Por não serem mais íntimos
Cães de capitalismos medonhos
Viverão sempre sem fé só assombros
Negro é o ouro de teus sonhos
E os deixará em vida aos escombros
Absorto em meus princípios
Absolvo-os de meus pecados
E a matilha em precipícios
Terão os princípios jogados
Insanas demagogias pedagógicas
Jornadas em devaneios apoiadas
Seguem sem rumos e sem lógicas
Já cegos seguem infames boiadas
Supérfluos desejos espectrais
Logorreia de vis ensinamentos
Educa “cão” em cadências teatrais
Comédias em forma de rendimentos
Projetos estéreis onde não há lucubrações
Déspostas doutos em várias hierarquias
Vãs então se tornam as já pífias lições
E o “educares” transforma-se em anarquias
LEILSON LEÃO