Mocidade perdida.
Ó mocidade perdida,
Como uma folha pendida,
Que o vento arrasta em tufão!
Como um gritar dos horrores!
Como a aquarela sem cores!
Descansa em paz - coração!
Pois, no viver deste mundo,
Que riso triste e profundo,
Quando tu passas - gargalha!
Aponta-te as armas em riste!
Mas tu perguntas - sorriste?
Teu leito agora é mortalha!
Que são dos anos vividos
Dos sonhos de outrora tão lindos
À luz primeira da aurora?
São hoje sombras malditas
Das paisagens lodosas hauridas
Descansa meu peito - é hora!
E quando na terra deitares.
E tu´alma nas sombras errares
Solitária, doente e aflita!
- Relembra a passada infância!
- A virgem tão bela na estância!
A vida, antes desta, vivida...