Dores a findar-lhe

DORES A FINDAR-LHE

Quando as coisas caminham ao desfecho

São sombreadas pelo medo e pela inconstância

Rodeadas por todas as incertezas

Da própria existência sem inocentes

A insensatez que se faz por nós mesmos

Encontra no interior

|Cheio de constantes chuvas e ventos

que derrubam o pobre casebre de sonhos|

O local ideal para plantar

As dores que seguem

Sem poder ser extraídas

|Fixam-se de tal forma, a consumir

toda a fortaleza e irremediavelmente

conduzir-nos à nudez|

São elas negligenciadas

Por medo de conhecê-las

E assim sendo,

São guardadas na própria carcaça

|Que não passa de carne putrefata|

Para lembrar-nos que

Disso somos feitos.

Ronaldo Maia
Enviado por Ronaldo Maia em 03/02/2010
Código do texto: T2067800
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