"Divagações em Febre"
Em febre alta em meio as dores corporais,
Seguem-se delírios profundos de pensamentos;
Em moinhos de ventos, sem ficar a contento;
Sentimentos jogados ao relento;
Sem trazer nenhum alento.
Entre mistura de topor desgovernado com anseio acelerado;
E uma alma solta, desprendida, recebe resposta ainda não compreendida,
chocando-se entre a razão e o coração.
Lembrança de conversa passada, atitude tomada em gesto simples,
mas incompreendido, por alguém que tinha perdido a inocência da verdade.
Meu corpo treme suado, o coração acelerado, totalmente descompassado.
Os olhos semi cerrados, viam fantasmas anuviados de imagens complexas de tão desconexas,
onde minhas emoções estavam anorexas.
As mentiras vem a tona!
E minha cabeça detona!
Quase morta?
Quem se importa?
Se neste momento ele fechou-me a porta?
Tomou-me como idiota!
E se revelou um verdadeiro hipócrita!
O que importa para tal farsante?
O seu amor nunca vai adiante;
Sómente dura algum instante.
E continua com seu ato errante,
fazendo vítimas mais adiante.
E neste estado febril,
turbulento como os ventos de abril.
Descobri o seu ato vil!
Ainda quer ser gentil?
Não me ofereça o céu azul anil.
Em pronto restabelecimento,
levanto de minha alcôva.
Com toda coerência de meu pensamento,
acabou seu divertimento.
Chegou o fim do relacionamento.
Grace Fares
03/02/10