INCERTEZA

Revolvo-me na cama

perdida na noite fria,

premida por pensamentos confusos,

enervantes,

que me fazem querer chorar

e tentar deter as lágrimas

para não demonstrar

a ninguém

minha incerteza.

Busco teu corpo amado

no mais íntimo do meu ser,

tento reter passagens

concretas

para apagar os fantasmas

da solidão

que já se fazem imensos,

abrangendo minha noite

e espantando sono.

Perco-me em conjecturas,

acendo outro cigarro

na tentativa

de ocupar as mãos

que se estendem

e te buscam na distância,

como se fosse possível

te tocar

na escuridão.

Giustina
Enviado por Giustina em 01/02/2010
Código do texto: T2063805
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