E SEU OLHAR ME DISSE ADEUS, SEM DÓ...
TE DISSE ADEUS NO TAPETE,
NA CAMA, NO REVÉS.
ERA O FIM
QUE SE ANUNCIAVA
E EU NÃO ACREDITAVA.
POR ISSO SOFRIA
E PADECIA
A DOR DE CADA DIA.
O QUE RESTAVA DE NÓS
NAQUELA CASA VAZIA?
RETRATOS PÁLIDOS,
RECORDAÇÕES VAGAS,
MANCHAS ESMAECIDAS
NO LENÇOL.
E NADA...
E TUDO VAGO DE EMOÇÃO.
CHOREI LÁGRIMAS
AMARGAS DE FEL
POR MUITOS DIAS.
E VOCÊ NÃO RETORNOU
A MIM...
ONDE CADA UM DE NÓS
FALHOU
ME QUESTIONOU O ESPELHO.
A PORTA DA SALA,
ABERTA AINDA ME QUESTIONA
NOSSOS DESTINOS.
E EU POUCO SEI...
DE MIM,
DE VOCÊ, DE NÓS...
TANTOS NÓS A DESATAR
QUE CREDITO
O NOVELO DOLORIDO
DE LINHAS DOLORIDAS
DA VOVÓ.
NÃO HOUVE DESPEDIDA.
FOI SÚBITO IMPACTO...
E SÓ RESTAVAM LÁGRIMAS
AO RÉS-DO-CHÃO,
NA SARJETA DOS SENTIMENTOS.
E EU, ÓBVIO,
FREMIA DE INTERROGAÇÕES
E INTERJEIÇÕES.
E O FIM
QUE SE INSINUARA
DE SÚBITO
MORRIA
NO ENTARDECER
MELANCÓLICO...