E SEU OLHAR ME DISSE ADEUS, SEM DÓ...

TE DISSE ADEUS NO TAPETE,

NA CAMA, NO REVÉS.

ERA O FIM

QUE SE ANUNCIAVA

E EU NÃO ACREDITAVA.

POR ISSO SOFRIA

E PADECIA

A DOR DE CADA DIA.

O QUE RESTAVA DE NÓS

NAQUELA CASA VAZIA?

RETRATOS PÁLIDOS,

RECORDAÇÕES VAGAS,

MANCHAS ESMAECIDAS

NO LENÇOL.

E NADA...

E TUDO VAGO DE EMOÇÃO.

CHOREI LÁGRIMAS

AMARGAS DE FEL

POR MUITOS DIAS.

E VOCÊ NÃO RETORNOU

A MIM...

ONDE CADA UM DE NÓS

FALHOU

ME QUESTIONOU O ESPELHO.

A PORTA DA SALA,

ABERTA AINDA ME QUESTIONA

NOSSOS DESTINOS.

E EU POUCO SEI...

DE MIM,

DE VOCÊ, DE NÓS...

TANTOS NÓS A DESATAR

QUE CREDITO

O NOVELO DOLORIDO

DE LINHAS DOLORIDAS

DA VOVÓ.

NÃO HOUVE DESPEDIDA.

FOI SÚBITO IMPACTO...

E SÓ RESTAVAM LÁGRIMAS

AO RÉS-DO-CHÃO,

NA SARJETA DOS SENTIMENTOS.

E EU, ÓBVIO,

FREMIA DE INTERROGAÇÕES

E INTERJEIÇÕES.

E O FIM

QUE SE INSINUARA

DE SÚBITO

MORRIA

NO ENTARDECER

MELANCÓLICO...

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 31/01/2010
Código do texto: T2060921
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