PRISIONEIROS

Vês lá no palato uma estrela cadente?

Sou eu! Vagando te procurar no ermo

Acaso discernes um cuitelo bem ali

Roseando – A cada flor sete ósculos?

Já sabes que ele é o meu pensamento

Olvidado das promessas iludentes

Como foi a tua ternura para mim

Sou também aquela borboleta seca

Que vistes hoje cedo no teu jardim

Que as cores se apagam no tempo

Mas ainda se abana com a brisa

Dando as folhas agravos acerca

Sou essa tua insônia sem fim

A sede de amar malcontente

Sou ainda teu gozo refreado

Que te molha e não delibera

Sou as algemas de lembranças

Que não se vão com o vento

E nos mantém entre lambrisas

Nos claustros das intemperanças

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V I S I T E