Envenenado
Teus encantos, tantos, seduziram minha razão,
conduziram-me à perdição e ao desencontro de minha partida.
Não fosse a ida tão necessária e urgente,
talvez, eu estivesse mais solitário do que carente,
mas senti que a desilusão não tardaria em chegar.
Tuas atitudes sem definição, pregavam contrários infinitos;
desfaziam de meus escritos e evidenciavam a traição.
Que mais não fosse a hesitação diante do tanto que vivi,
foi amarga a dose final daquele vinho que sorvi,
e o mal de teu veneno nenhum antídoto pode curar...