Dizer Nada (Onde chegamos)

Letras surradas e frias

Órfãs de sintonia.

Meus sofrimentos

Minha vidinha

Minhas palavras

Ocas e prostituídas

Veja onde cheguei

Deveras empalidecido

Qualquer rima que fazia

Acalmava rutilante

Qualquer vida vazia.

Sentimentos franzinos

Passeiam ao meu redor

Esquálidos e famintos

Como pobres meninos

Criados no que há de pior

Uma metrópole feia

De arquitetura tétrica

Erguida depressa

Por almas perdidas

Em tolo séqüito

9/1/2010

Pedrosa de Souza
Enviado por Pedrosa de Souza em 09/01/2010
Reeditado em 10/01/2010
Código do texto: T2020081
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.