Dizer Nada (Onde chegamos)
Letras surradas e frias
Órfãs de sintonia.
Meus sofrimentos
Minha vidinha
Minhas palavras
Ocas e prostituídas
Veja onde cheguei
Deveras empalidecido
Qualquer rima que fazia
Acalmava rutilante
Qualquer vida vazia.
Sentimentos franzinos
Passeiam ao meu redor
Esquálidos e famintos
Como pobres meninos
Criados no que há de pior
Uma metrópole feia
De arquitetura tétrica
Erguida depressa
Por almas perdidas
Em tolo séqüito
9/1/2010