ENGANO
Estou sozinha
na solidão de meu quarto.
A noite entra
silenciosa
pela janela aberta,
no seu negror
estrelas imensas
se fazem pequeninas,
brilhantes.
O espaço engana a visão.
Estou sozinha,
onde andarás agora?
Eu percorri as ruas
poeirentas
buscando teu olhar sereno,
a cada passo
a tristeza foi ganhando,
a alegria escapando,
morrendo.
A realidade engana o coração.