afasta a festa de mim

não quero a alegria que passa

com a pressa do vinho que sobe,

a espuma que o vento esvoaça

e o abraço que não me comove

não quero da festa a lembrança

de beijos, apertos de mão;

não quero ficar com a esperança

de que eles sinceros serão

afasta de mim essa festa,

o riso já me corroeu

me deu a impressão da seresta

que à musa só entristeceu

não digo que a festa não presta,

vai ver quem não presta sou eu...

Rio, 23/12/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 24/12/2009
Reeditado em 24/12/2009
Código do texto: T1993909
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