E NÃO HAVIA MAIS NADA
Porque ela não disse, adivinhei.
Calei minha certeza na distância,
ouvindo apenas o que me dizia a razão.
Entretendo os ressentimentos
com as doces carícias da ilusão...
remoendo a lembrança que por ela implorava.
Porque ela não veio, eu fiquei.
Olhei pra mim mesmo e vi que não havia nada.
Não importava o que eu fizesse,
o que eu dissesse... era a estrada.
Percursos diferentes numa mesma existência.
Entre nós dois, a carência, o que mais nos afastava...