ESTRANHO
ESTRANHO
Tudo que um dia foi amor, calor, cumplicidade
de repente se transformou em uma frieza sem fim
as palavras já não mostravam sinceridade
já não sentia nada vibrar dentro de mim
Não sei por que tudo se apagou tão cruelmente
nem uma doce lembrança para guardar
tanto eu me dei sendo a mais fiel amante
e tudo que me restou foi a dor de amar
Hoje o que me resta é esta desilusão
e o medo de novamente sofrer é tamanho
que não mais ouso abrir a ninguém o meu coração
pois para mim o amor passou a ser um estranho
Um estranho que invade a nossa alma, a nossa vida
e nos faz agir feito crianças, bobos ou loucos
depois simplesmente se vai e não nos deixa outra saída
a não ser ir morrendo de solidão aos poucos
Célia Jardim