SEPARAÇÃO.

E assim, sem cerimônia me dizes

Estou indo, não somos mais felizes

Calo-me sim, meu verso está triste

Um lágrima solitária, doída insiste

Devo acostumar sem tua presença

Nenhum sonho mais sonharemos

Impossível acreditar na indiferença

A tanto tempo que junto vivemos

Impiedosos caminhos da separação

Suas armadilhas não entendemos

Só nos resta aceitar essa condição

Entender que de nós nada sabíamos

E nem porque promessas esquecemos

Nem nossas certezas conhecíamos

No tempo em que nós convivemos

E agora, o silencio da tua ausência

E o vazio das nossas doces alegrias

Esperando talvez uma nova presença

Para preencher nossos outros dias. .

Obs: Escrita em 1967.