DESPREZO

com arrogância

fecharam a porta na minha cara

disseram palavras ásperas

cuspiram

e era uma noite de natal

olharam-me com ódio

trancaram os corações

escantearam-me

disseram "não"

a tudo que pedia

construíram ódio ao meu redor

destruíram pontes

que uniam laços de amizades

gostaram do meu grito de choro

de minha depressão

de me verem triste

na angustia de sempre

na raiva em viver

queria tanto ver a natureza

com toda a sua ternura verdejante

seu perfume inebriante

todo o colorido da vida

mas me deram a escuridão do ódio

da raiva

do rancor

me olham com desprezo

por eu ser poeta

por eu ser um apaixonado

por eu querer viver em paz

querer estar amando

sentindo sempre o prazer do bem

mas só me dão desgosto

tristeza

e ruina na alma

no coração

na vida

não sei o que e sorrir

o que e ser feliz

o que e contemplar a tranquilidade

dentro de mim...

estou triste

pois o natal estar ai

um novo ano vai começar

as hipocrisias recomeçarem

mas tem gente passando fome

passando frio

vivendo num mundo de sangue

de tormentas

de devaneios

e as mentiras sendo ditas

corrompendo as fantasias

os sonhos

quero ver o mar

me banhar nas águas azuis

do mar

ser encantado por sereias

e morrer fulminado de paixão

nas profundezas do mar.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 16/12/2009
Reeditado em 11/04/2021
Código do texto: T1981053
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