Há um silêncio no vento que embala os ciprestes...

Quem dera se em tuas terras

Eu pudesse um dia

sepultar meu coração

que sangra sentimentos...

Em minha lápide lerias talvez

Em algum momento

O que ali estaria gravado

No bronze cravado

“Sempre te amei tanto”

Passantes frios sem sentir

Num ir e vir calados

Passos, pássaros sem ninhos

Não notariam

Eu nem me importaria

Num lampejo, num dia qualquer

Tu verias, enfim notarias,

mesmo com descaso

Que sempre fostes tudo para mim

Embora para ti, eu tenha

sido um nada sempre

Agora eternamente

(Cacém - Portugal - Dezembro/2006)

- Roberto Coradini {bp}