Triste adeus...
Buscarei outros braços nas curvas da padieira,
Nesse beijo um triste adeus. Despede-me da agonia.
Talvez encontre na próxima viela, outra alma faceira,
Seque-me o pranto a sorrir-me prelúdios na atonia.
Vou de reto, transmutando o ser abjeto na derradeira.
Foi calvário no ocaso nebuloso, nuvens ao cinzentar do dia
Digo- te adeus, esse amor irreal! Não sou delas a primeira ,
Vampirizada por um amor violado, sugando a craveira.
Sorrio , despeitando o preito carpindo na despedida.
Emfim, de quem gosto eu? Poemas , versos a poesia!
Consola-me perceber dejetos na vivencia perdida...
Não ganhei, nada perdi, foi pesadelo convivendo a vida ,
Escarmentos ebúrneos, de insones fustigados na heresia
dum trilhar onerado de acúleos emulando a pulcra lida...
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
12/7/2006
Obs: SHOW, leia Ode a Cartola...
Obs: Ebúrnea= aspecto de marfim
Escarmento= experiência, desilusão;