O tempo passa!
Mas o tempo não é como
O ferro – de ferro – à brasa da vovó
Que desliza sobre a camisa de brim do vovô.
O tempo é diferente:
Ao passar sobre nós, não alisa
Amarfanha!
Acho que somos ampulheta do tempo.
Os velhos são o reflexo
Do trote que o tempo deu,
Já os novos... Os novos são
Um ponto de parada antes
Da descida na ladeira.