Mataste o meu amor.
Amei-te desesperadamente
Como na vida só se ama uma vez.
Entreguei-te o meu amor adolescente...
Deslumbrada na minha insensatez.
Para conquistar o teu amor,
Ainda menina fui tua mulher.
Calada, suportei toda a dor,
Sofrendo sem uma queixa sequer.
Anos de atroz indiferença,
Desprezando-me insensivelmente,
Mergulharam-me na dor e na descrença
De um amor ofertado inutilmente.
Irei para longe do teu fascínio,
Deixando-te então, livre de mim.
Porém, armando-te do teu domínio,
Vens falar-me de amor... Enfim!
Não queres que eu vá embora,
As lágrimas confirmam tua dor.
Há, meu amor... É tarde agora!
Lentamente mataste o meu amor.
Nilda Dias Tavares.
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