VEJO TUDO MUITO DIFERENTE
No límpido azul do céu
Vejo tudo esfumaçado
Nas águas transparentes e calmas dos rios
Vejo, não vejo nada
As águas estão sujas e bravas
Na calmaria da noite de verão
Venta muito e faz frio
No horizonte onde nasce o sol
Vejo-o se pôr
Em seus olhos que sorriem para mim
Eu vejo-os chorarem sem nenhum amor
As árvores que recebiam os pássaros
Já não vejo nelas nenhuma flor.
Se um dia eu me sentia feliz
Hoje me esqueço de tudo
Não encontro em mim, nada que transmita furor
Sinto-me sempre triste
Ausentando-me de algum amor
Talvez eu tenha medo de lutar
E não consiga vencer...
Ou muito pudor
Mas vejo o mundo muito diferente...
Sem cor.