VEJO TUDO MUITO DIFERENTE

No límpido azul do céu

Vejo tudo esfumaçado

Nas águas transparentes e calmas dos rios

Vejo, não vejo nada

As águas estão sujas e bravas

Na calmaria da noite de verão

Venta muito e faz frio

No horizonte onde nasce o sol

Vejo-o se pôr

Em seus olhos que sorriem para mim

Eu vejo-os chorarem sem nenhum amor

As árvores que recebiam os pássaros

Já não vejo nelas nenhuma flor.

Se um dia eu me sentia feliz

Hoje me esqueço de tudo

Não encontro em mim, nada que transmita furor

Sinto-me sempre triste

Ausentando-me de algum amor

Talvez eu tenha medo de lutar

E não consiga vencer...

Ou muito pudor

Mas vejo o mundo muito diferente...

Sem cor.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 18/07/2006
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