CONSCIÊNCIA!
CONSCIÊNCIA!
Oito horas,
Meu coração parece em erupção,
mil explosivos parecem habitar meu corpo.
Minhas mãos tremem,
minha cabeça dói,
meus pés caem, pesados, cansados,
eu, toda, inteira, sinto este cansaço,
este peso, esta não consciência consciente,
este tudo e este nada que me habita.
É como um fardo, sem fim . . .
pesado . . . e eu vou arrastando-o,
puxando.
E ele continua a habitar-me,
preciso desvencilhar-me dele
as vezes penso que devo libertar-me de todo o fardo/
que sou eu mesma.
Mas não, o fardo não sou eu,
ele só me habita,
preciso lavar-me, esfregar-me,
para me sentir novamente limpa,
limpa e só.
Mas como ? Se este fardo é a minha consciência ?
Se habita todo o meu corpo e a minha alma ?
Sinto-me cansada, quase inútil,
cada vez mais o peso aumenta,
preciso libertar-me, preciso libertar-me . . .