Embrutecido
Hoje sou livre,
Quero liberdade de expressão
Quero para mim o que sinto
Nesta merda de poema que tento escrever,
Nesta vida filha da puta,
Sem mãe...
Criada por mim,
Objeto das revoltas que me invadem,
Da solidão de tudo,
Da ficção que me transporta.
Quero ser eu,
Perdido, alheio a tudo
Que se dane a nau frustrada
Sem objetivo, pelo zumbido da última bala
Detonada pela mão que rabisca
Que profana putos poemas,
Disfarce de poesia no analfabetismo meu,
Na merda de liberdade alcançada,
Nesta porra de existência sem metáforas,
Sem amanhãs; e que se foda.