Dores da Noite

Meu coração tem dores inimagináveis

Desconhecidas por mim

Não tenho coragem de sentí-las

Certamente não suportaria

Prefiro apenas mascará-las com um doce sorriso

Arfar olhares de compreensão.

Meus olhos escondem solidões intermináveis

Em meio aos múltiplos olhos em torno

Seu brilho é vazio por demasia.

Não busques sonhos em meu caminho

Já não os tenho

Foram deixados no percurso, despercebidamente

E a própria terra decompôs com as folhas dos outonos vividos

Somente desejos vazios e estúpidos

E as sensações perdidas, uma saudades sem rumo

De algo longínquo, um tanto desconhecido

E só uma centelha verde quase morta

Acalentava algumas das dores mais emergentes

Até o último cintilar

E nada mais pôde salva-la da mais profunda noite

A noite negra da alma.

Lancelote
Enviado por Lancelote em 23/11/2009
Código do texto: T1938894
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