Dores da Noite
Meu coração tem dores inimagináveis
Desconhecidas por mim
Não tenho coragem de sentí-las
Certamente não suportaria
Prefiro apenas mascará-las com um doce sorriso
Arfar olhares de compreensão.
Meus olhos escondem solidões intermináveis
Em meio aos múltiplos olhos em torno
Seu brilho é vazio por demasia.
Não busques sonhos em meu caminho
Já não os tenho
Foram deixados no percurso, despercebidamente
E a própria terra decompôs com as folhas dos outonos vividos
Somente desejos vazios e estúpidos
E as sensações perdidas, uma saudades sem rumo
De algo longínquo, um tanto desconhecido
E só uma centelha verde quase morta
Acalentava algumas das dores mais emergentes
Até o último cintilar
E nada mais pôde salva-la da mais profunda noite
A noite negra da alma.