Sem Saida
Amor que maltrata,
No coração que destrata.
Levando a desilusão,
A vida que desalinha.
De um jeito,
Machucando o peito.
Estagnando a vida,
Que fica sem saída.
Em um mundo
De ilusão.
Dentro do coração.
Coração em desalinho,
Desacelerando a paixão.
De mundo de sonhos,
Por ter o amor desfeito
Dentro do peito.
Desfeito no leito da solidão,
Pela malvada desilusão.
Parado assim a vida
No mundo das lembranças,
Que vive agora sem a esperança.
Assim a saudade do amor maltrata,
Pelo desamor que destrata.
De um jeito estranho,
Maltratando o coração no peito
Pela saudade doida com jeito.
Lucimar Alves
Ps
Somente inspiração para escrever uma poesia.
Nada em comum com a minha vida.
Na prisão do coração, a esperança ficou enjaulada...
Do sem-saída dos becos frios,
Escorre uma água à-toa,
Escorre uma música,
Escorre uma desilusão.
E de olhos postos no vazio,
escorre, em prantos,
A tristeza, "o aboio do demônio".
Ah, o Tempo faz ali uma parada:
Estampa-se nas fachadas, úmidas, cobertas de lodo;
No silêncio das pedras escuras,
E despenca-se de um ninho ora abandonado,
Que esfarela de tão velho, tão velho...
E se fragmenta na calçada vazia.
(Carlos Rodolfo Stopa)
Obrigada Carlos pela belíssima interação.