Espinhos

O galo canta e o mundo se alegra

eu ainda em sono brando me levanto

vejo o sol de longe acenando

digo bom dia e vou me lavar.

Debaixo d'água constante reflito

me enxugo e olho para o espelho

o vidro embaçado me induz a escrever

e por cima escrevo o que sinto.

Já não mais embaçado o espelho me reflete

vejo ali figura imponente de um homem

que um dia foi bebê, foi criança e adolescente.

Me sentindo o tal volto para o quarto

Vejo a praia em aquarela e ao horizonte vejo ela

me debruço e me machuco, pois há espinhos na janela.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 12/11/2009
Código do texto: T1919834
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