BRINCOS SOLTOS

Não estou vivendo

Estou simplesmente esperando os dias passarem

As noites sugarem meu sumo

E me abandonarem sem rumo

Estou ao acaso

Intranqüilo como as noites de inverno

Que invadem meu sangue

Pelos poros sem muralhas de concreto

Sou montanha sem vida

Jardim vazio

Sede do campo no estio

Sou pássaro sem asas

Sem árvores para cantar

Sou brincos soltos no ar