NÃO ME RECONHEÇO MAIS
A paz interna se mostra periférica,
o que torna a felicidade algo nada perene.
Não consigo o controle sobre minha vontade insana
de navegar por mares desconhecidos.
Sinto-me um egoísta determinado,
numa cruzada rumo a auto satisfação.
Cansei de procurar em mim mesmo
aquilo que não encontro mundo a fora.
Tenho vontade de seguir por qualquer estrada.
Virar as costas pro meu horizonte.
Seguir adiante, fazer algo relevante.
Viver a vida em verdadeira plenitude.
Queria poder jogar fora
essa minha irritante covardia.
Deixar de lado a apatia que me congela.
Arrumar as malas com decidida coragem.
Não me reconheço mais.
Tornei-me um arremedo de homem.
Corro feito louco até a linha de chegada,
mas sinto que ninguém esta lá pra me esperar.