Alienado
Alienado
No ritmo da estação
No ritmo da natureza
Seguia o homem a jornada
Desde o nascer do sol
Até o final do dia
O seu dia sem trabalho
Às vezes se resumia
Em festas religiosas
Ou colheita coletiva
Dando sentido à vida
Veio então a indústria
O relógio foi inventado
O homem dono do tempo
Tornou-se cronometrado
A indústria do prazer
Vendo o homem fadigado
A ele se dirigiu
Com seu lazer alienado.
Sendo massificado
Pela comunicação
Se tornando um insatisfeito
Mais um nessa Nação.
É o lazer passivo
Que novo não oferece
É o homem mecanizado
Que a propaganda obedece.
Miralva Viana