Alienado

Alienado

No ritmo da estação

No ritmo da natureza

Seguia o homem a jornada

Desde o nascer do sol

Até o final do dia

O seu dia sem trabalho

Às vezes se resumia

Em festas religiosas

Ou colheita coletiva

Dando sentido à vida

Veio então a indústria

O relógio foi inventado

O homem dono do tempo

Tornou-se cronometrado

A indústria do prazer

Vendo o homem fadigado

A ele se dirigiu

Com seu lazer alienado.

Sendo massificado

Pela comunicação

Se tornando um insatisfeito

Mais um nessa Nação.

É o lazer passivo

Que novo não oferece

É o homem mecanizado

Que a propaganda obedece.

Miralva Viana

Miralva Viana
Enviado por Miralva Viana em 03/11/2009
Código do texto: T1903122
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