TEMPOS DO AMOR


Ofertei meu amor,
doei meu corpo
sem receios,
livre,sem medidas.

Fui tecendo fantasias,
engravidando sonhos
que logo abortaram.

Sentimentos frágeis,
qual taça de cristal
fez-se em pedaços,
como fragmentos
de um trincado vitral.

E mesmo que a alma grite,
que o coração não acredite,
dou um basta em tudo isso.
Cheguei ao meu limite...

Hora de parar de tentar
em vão me iludir.
Cansei de conjugar
o verbo amar.

Sempre fico
no particípio passado,
agora, no tempo presente,
tudo acabado!


27/07/2006
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 02/11/2009
Código do texto: T1900890