PORTAS FECHADAS

Tantas foram as portas

fechadas nos percursos

de outrora e de

muitos agora que vão

seguindo no cotidiano.

Janelas, só as vi

entreabertas e realmente

foram tão poucas

por onde meus olhos

não passavam

porque mínimo o espaço

permitido ao acaso da vida.

Sorrisos se fecharam

rostos se viraram

a indiferença brotou

e havia em cada boca

instantes de esgares.

O "não" transformou-se

em granito indestrutível

a barrar as iniciativas

a toldar vislumbres

a sombrear devaneios

a cerrar os olhos dos sonhos.

A possibilidade de esperança,

contudo, restou-me inabalável

pois limiares obscuros

não me impedirão de entrar

no paraíso desejado

e lá dentro, concretizado

o anelo, deixarei claro

que portas fechadas

não barram talentos.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/11/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1900158
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.