Na retina...Rotina
Vês, como vês se não sabes,
Que as manhãs já não são,
Ficam tardes em pensamentos,
Nas horas frias descobertas,
Prontas ao realismo.
Que as tardes enfeitadas,
Cortejadas nas cores,
São semblantes falsos,
Hipocritamente projetadas,
Jogadas em meu rosto,
Fascinando a maldade.
Vês e não sabes,
Que a noite brilhante
Feita de expectativas,
Pondera à hora, o exato momento,
O regresso esperado,
O encontro sublime, etéreo,
Da distância pela ausência,
Da voz pela escuta,
Do olhar para amplidão,
E onde vês, mas não sabes,
Que a vida se transforma,
O mundo grita, ressoam ecos,
Enquanto te procuro, te proclamo,
Egoisticamente em infinito
Meu firmamento azul,
Sem perceber que a humanidade tomba,
Desfaz-se em desamor.