Amor profundo

Ah, se desses versos não te quero mais

Infinita e eterna flor do meu jardim

Debruça suave ao léu cinzento

Que desnuda o amor que há em mim

Ah, faceira manhã que me aporta

Ante o medo foges como um querubim

Que mal há roubastes num olhar profundo?

Que mal há amastes tanto assim?

Esse amor supremo que me condena

Que deixa-me leve esmaecido tal qual uma pena

É lágrima escorrendo no véu d’alma...

Esse amor que me consome e destrói

Que renasce das cinzas e de tantos sóis

Navega, contempla e se cala

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 28/10/2009
Código do texto: T1892161