Ilusão necessária

Paisagem nenhuma na mesmice de sempre.

Gestos automatizados, rotina ancorada

e o porto habitado por espaços sem vida,

por pedaços de vidas e sonhos frustrados.

Dia a dia inalterado, pressa intensa, correria,

pouco tempo para cuidar da avaria,

nenhuma chegada e a sensação da partida.

Quem aguentaria tanta solidão?

Como resistir à ilusão e sobreviver,

de qualquer maneira a cada dia?

17/04/2010

Paolo Gracco
Enviado por Paolo Gracco em 27/10/2009
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T1889966
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